domingo, 1 de maio de 2011

QUANTO VAI CUSTAR A SUA REFORMA?

Desde 2008 que é aplicado o factor de sustentabilidade ao cálculo das pensões. Esta medida pretende enfrentar os riscos do envelhecimento demográfico para o Sistema de Segurança Social.

O factor de sustentabilidade resulta da esperança média de vida apurada em 2006 e aquela que vier a verificar-se no ano anterior ao do pedido de reforma. Esta alteração resulta, na prática, na necessidade de aumentar a idade da reforma, obrigando os trabalhadores a mais anos de serviço se quiserem obter a pensão completa.


A esperança média de vida deverá crescer, de acordo com cálculos do Governo em 2006 (não existem projecções posteriores), um ano por década. O que significa que uma pessoa terá de trabalhar mais cinco meses por cada dez anos que passem até à idade da reforma para obter a pensão por inteiro, de acordo com as previsões do Governo.

A fórmula de cálculo das pensões é complicada, mas existem simuladores que permitem fazer uma estimativa de qual será o valor da sua pensão, mesmo que esteja a décadas de chegar a essa meta.

O site da Segurança Social tem um simulador de pensões disponível : http://195.245.197.202/simuladorCNP.asp

Também alguns Bancos disponiblizam na sua página oficial uma ferramenta com este objectivo .


Em ambos os casos é possível não só ter uma ideia de qual será a sua reforma, mas também quanto dinheiro vai perder e quanto terá de poupar mensalmente para constituir um complemento de reforma com o objectivo de manter o seu nível de rendimento, na velhice.

Para ter uma ideia, alguém que se tenha reformado em 201º sofreu um corte de 1,65 por cento no valor da pensão. No entanto, a esperança média de vida aumentou consideravelmente no último ano, o que significa que quem se reformar em 2011 sofrerá um corte de 3,14 por cento caso não queira prolongar a vida activa.


Para anular os efeitos do aumento da esperança média de vida no cálculo da pensão terá de trabalhar mais quatro a 10 meses, consoante os anos que tem de desconto para a Segurança Social.

E as projecções não são optimistas: de acordo com o economista Eugénio Rosa, um contribuinte com 40 anos, que se reforme daqui a 25 anos, deverá sofrer um corte na ordem dos 14,3 por cento. E alguém que tem hoje 25 anos e se reforma dentro de 40 anos, terá um corte de quase 20 por cento no valor da sua pensão.

As alternativas para compensar o aumento da esperança média de vida e os consequentes cortes no valor das pensões são trabalhar mais tempo ou descontar mais para a sua reforma.

Por exemplo, em 2010, quem aos 65 anos tivesse 40 anos ou mais de contribuições, teria de trabalhar mais dois meses. Este período extraordinário de trabalho aumentava à medida que diminuía a carreira contributiva, até chegar aos cinco meses adicionais para quem descontou durante 15 a 24 anos. ( in Coutinho e Silva, 2011)


Aceite o nosso conselho e começe decidiamente a pensar na qualidade de Vida que quer ter daqui a uns anos, quando a sua Saúde já não lhe permitir a intensidade de trabalho que tem hoje; ou pura e simplesmente, quando achar que há mais coisas para fazer na Vida, que simplesmente matar-se a trabalhar...


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